domingo, 5 de julho de 2009

Entrevista com Rejane Santos de Oliveira


Entrevista com Rejane Santos de Oliveira, esposa do Téc. Agr. Severino Carlos de Oliveira pioneiro no Movimento Potiguar dos Técnicos Agrícolas e presidente da Comissão Pró-Fundação da APTA-RN – Associação dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte, hoje ATARN.
O colega Severino Carlos veio a falecer prematuramente num acidente automobilístico no dia 22 de junho de 1985 quando exercia a função de Vice-presidente da Associação.

SINTARN – Fale-nos um pouco sobre a origem do colega Severino Carlos de Oliveira:
Rejane Santos – Ele nasceu em São José de Mipibu-RN e ainda jovem, após terminar o primário, veio morar na Fazenda Potengi, em Ielmo Marinho-RN, e de lá ele se interessou pelo Colégio Agrícola de Jundiaí por que era mais perto onde fez o curso técnico agrícola, tinha muito interesse na área.

SINTARN – E como foi a vida dele ao sair do Colégio Agrícola?
Rejane Santos – Em Natal ele fez um teste na Secretaria Estadual de Agricultura com Dr. Itamá Marinho, então Secretario Estadual de Agricultura do Rio Grande do Norte, e o primeiro emprego era para trabalhar em Currais Novos-RN na administração da construção de açudes na região. Depois foi para CIDA (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário ) trabalhando no Parque de Exposição, mas sempre na construção de açudes, e por fim na oficina da empresa acompanha a recuperação de tratores, em Natal-RN.
SINTARN – Como era a rotina do colega Severino Carlos no inicio da Associação?
Rejane Santos – Para mim foi um tormento no começo (rir) ele fazia reuniões nos sábado, me deixava em casa. Uma vez ele falou para mim que estava lutando muito por isso porque seria uma melhora para os técnicos agrícolas, queria criar uma associação.
SINTARN – Ele tinha contatos com Movimento dos Técnicos Agrícolas em outros Estados?
Rejane Santos – Ele não tinha conhecimento com outros Estados, era muito difícil, tinha que estabelecer os primeiros contatos, o que ele falava para mim era muito vago, eu não entendia muito sobre associação e sindicato.


SINTARN – Quem mais participava com ele no começo?
Rejane Santos – Gilbran, João Carlos, José Marinho de Macaíba, esses eram os mais próximos.
SINTARN – E como era a aceitação das idéias dele no começo na categoria profissional?
Rejane Santos – Ele comentou uma vez que era muito difícil convencer as pessoas a se associarem, só se já tivesse a entidade estruturada.
SINTARN– Houve alguma represália no emprego pelo Movimento visto que ainda era período da ditadura militar?
Rejane Santos - Não, nunca ouvi falar de nenhuma perseguição.
SINTARN- Qual a lembrança do seu esposo como técnico agrícola?
Rejane Santos – Tudo que ele fazia era com amor, se uma coisa não tivesse dando certo ele deixava (chora), quando meu filho encontrou no blog do sindicato um texto em que se pretendia fazer homenagem a ele nós ficamos muito felizes, lembrar de tudo que ele fez pela categoria é gratificante.
SINTARN – Qual a sensação de ver que o Movimento dos Técnicos Agrícolas no Rio Grande do Norte teve sua semente plantada pelo seu esposo?
Rejane Santos- Eu achava muito bonito esse movimento que ele fazia, se ele tivesse vivido teria lutado muito para que os técnicos agrícolas saíssem do CREA e tivessem sua independência.

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